Resenha – Bem-vindos! http://meuepilogo.com Wed, 11 May 2016 19:51:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.4.3 [Resenha] O Que Restou de Mim – Kat Zhang /resenha-o-que-restou-de-mim-kat-zhang/ /resenha-o-que-restou-de-mim-kat-zhang/#comments Thu, 05 May 2016 19:17:12 +0000 /?p=2155 Oi, meus amores, tudo bem com vocês? A resenha de hoje será escrita com certo pesar, pois O Que Restou de Mim era um livro pelo qual eu tinha altas expectativas. Eu já havia falado sobre ele na coluna Fique de Olho, lembram? A primeira coisa que chamou minha atenção foi a capa, acho que ela super dá um barato nos olhos, não é não?! HAHAHA’ Aí fui ler a sinopse e adorei a proposta, pois me lembrou bastante o livro A Hospedeira, que, vocês já estão cansados de saber, eu amo. Confesso que eu sabia da fama controversa do livro. Ele foi lançado em 2014 e tem pouquíssimos leitores no Skoob, entretanto, eu quis dar uma chance…infelizmente descobri o motivo dele não ter decolado! Autora: Kat Zhang Número de páginas: 320 Ano: 2014 Editora: Galera Record Sinopse: Addie e Eva são híbridas duas almas no mesmo corpo. Em sua …

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Oi, meus amores, tudo bem com vocês? A resenha de hoje será escrita com certo pesar, pois O Que Restou de Mim era um livro pelo qual eu tinha altas expectativas. Eu já havia falado sobre ele na coluna Fique de Olho, lembram? A primeira coisa que chamou minha atenção foi a capa, acho que ela super dá um barato nos olhos, não é não?! HAHAHA’ Aí fui ler a sinopse e adorei a proposta, pois me lembrou bastante o livro A Hospedeira, que, vocês já estão cansados de saber, eu amo. Confesso que eu sabia da fama controversa do livro. Ele foi lançado em 2014 e tem pouquíssimos leitores no Skoob, entretanto, eu quis dar uma chance…infelizmente descobri o motivo dele não ter decolado!

o que restou de mim

Autora: Kat Zhang

Número de páginas: 320

Ano: 2014

Editora: Galera Record

Sinopse: Addie e Eva são híbridas duas almas no mesmo corpo. Em sua realidade, todos nascem assim mas, ainda na infância, uma das almas torna-se dominante. Mas isso nunca acontecia com as duas. Considerados instáveis e perigosos, os híbridos foram perseguidos e eliminados das Américas. E quando o segredo delas é ameaçado, Eva e Addie descobrirão da pior forma que há muito mais sobre os híbridos do que os noticiários de TV e os livros de história contam.

SKOOB


Por um instante, apenas um instante, um milésimo de segundo, todos ficaram imóveis. Um segundo. Um instante de medo, suor e sangue.

Muitos anos antes da época em que se passa a história, o mundo todo era híbrido, ou seja, todos possuíam duas almas em seus corpos. Porém, durante a última Grande Guerra, os líderes revolucionários, sob o pretexto de que nunca poderia haver paz em uma sociedade onde as pessoas possuíssem duas almas, resolveram fundar as Américas, um país onde os habitantes nasceriam híbridos, mas que não possuiriam essa característica por muito tempo. Uma alma dominante e outra recessiva se alternavam no corpo da criança até que ela completasse cinco anos. A partir dessa idade, a alma dominante começava a tomar o controle do corpo e a alma recessiva ia enfraquecendo, até desaparecer por completo.

Só que isso não acontece com Addie e Eva, que, até os doze anos, ainda não tinham se definido. Por este motivo, elas estão prestes a serem enviadas para uma instituição de tratamento, mas seus pais, desesperados, acabam conseguindo mais algum tempo junto ao Governo. Durante este período, Eva, a alma recessiva, vai ficando cada vez mais fraca. Ela perde o controle motor sobre seu corpo, mas não desvanece completamente. Após passarem por mais alguns testes, os médicos constatam que Eva desapareceu. Isso é um grande alívio para seus pais, que finalmente veriam sua família longe do radar do Governo.

No primeiro ano, todos acreditavam que Addie tinha nascido com a alma dominante. Ela podia nos mover para a esquerda quando eu queria ir para a direita, recusar-se a abrir a boca quando eu queria comer, gritar não quando eu queria desesperadamente dizer sim. Ela podia fazer tudo isso com pouquíssimo esforço e, conforme o tempo passavam eu ficava cada vez mais fraca enquanto o controle dela crescia.

A partir daquele momento existiria apenas Addie, o nome de Eva nunca mais seria mencionado. Só que Eva ainda estava lá, na mente de Addie, prisioneira naquilo que um dia também fora seu corpo. Mas aquilo era melhor do que desaparecer para sempre, certo?

o que restou de mim

Depois de estarem, aos olhos da lei, livres para ir e vir, a família de Addie resolve se mudar para uma nova cidade, e, na nova escola, Addie acaba chamando a atenção de Hally, uma aluna que, por ser estrangeira, não tem amigos. Depois de algum tempo, Hally confessa para Addie que também é híbrida, que sabe o segredo que ela esconde e que pode ajudar Eva a tomar o controle do corpo novamente. Amedrontada, Addie sai correndo, mas é convencida por Eva a procurar Hally, pois se havia uma chance dela poder voltar a se mexer ela queria tentar.

— E se alguém descobrir, Eva? E se nos levarem embora e…

— Addie — falei. — Se fosse você…se fosse você presa aqui dentro. Se fosse você que não conseguisse se mover, eu voltaria lá. Voltaria sem pensar duas vezes.

A partir daí, Addie e Eva passam a frequentar a casa de Hally, que agora já não esconde mais sua outra alma, Lissa. Hally tem um irmão mais velho chamado Devon, que também é híbrido e cuja alma recessiva se chama Ryan. A cada dia que passa Eva vai ficando mais forte, chegando até a começar a mexer alguns dedos e a falar algumas palavras. Só que um incidente faz com que Hally e Devon sejam capturados e, por estar sempre perto deles, Addie acaba levantando suspeitas também. Um funcionário de uma clínica especializada em híbridos acaba indo até a casa de Addie. Ele explica a situação para os pais de menina que ficam muito surpresos, pois não faziam ideia que Eva ainda existia. Addie acaba sendo levada por esse funcionário para ser submetida a um tratamento.

Chegando na Clínica Nornand, Addie e Eva deparam-se com um estabelecimento muito moderno. É lá onde também estão Hally, Lissa, Devon, Ryan e onze outras crianças e adolescentes híbridos. Não demora muito para Addie e Eva descobrirem que os procedimentos pelos quais elas passariam não seriam aqueles mencionados aos seus pais. Seriam procedimentos invasivos e cruéis. Elas precisam fugir antes que tentem arrancar Eva à força… e precisam levar todos os outros com elas.

••••••••••

O Que Restou de Mim é uma incógnita. A única coisa que nós sabemos é que houve uma guerra e que houve a separação dos híbridos e não-híbridos, mas os motivos para essa guerra não são esclarecidos. Todos nós estamos cansados de saber a fórmula das distopias: governo opressor, povo subserviente, recursos escassos, etc. Porém, apesar de ser vendido como uma distopia, O Que Restou de Mim não tem um cenário distópico.

A escrita de Kat Zhang é muito imatura. O modo como as – poucas – informações nos são fornecidas é muito desconexo. Ela, em momento nenhum, mostra pra gente como funciona aquela sociedade, não nos mostra o papel do Governo, não nos mostra como eles controlam as coisas, não nos mostra absolutamente nada.

Os personagens não são cativantes e não se desenvolvem, muito pelo contrário, parece que eles retrocedem, como é o caso dos pais de Addie e Eva, que tomaram uma atitude muito mesquinha em relação a filha. Falando em Addie, ela é outra personagem que não cresce. Ela comete muitos erros bobos e injustificáveis. Hally e Devon, por sua vez, vão perdendo a função que tinham e passam boa parte da história sendo dois pesos mortos. Não há vilões nesse livro, nem sequer a sombra de um! Como assim uma distopia sem alguém para odiar? A única personagem que conseguiu ter a minha simpatia foi Eva.

o que restou de mim 3

Para não dizer que não gostei de nada, gostei da narração. O livro é narrado por Eva, a alma recessiva, e isso é feito na primeira e terceira pessoa do singular e também na terceira pessoa do plural. Ficou confuso? Eu também fiquei no começo, mas depois acostumei. Gostei também das diferentes personalidades das duas almas. Enquanto Addie é mais fechada e egoísta, Eva é altruísta e compreensiva. Outra coisa que achei interessante foi o ensaio de romance entre Eva e Ryan. Enquanto as duas almas recessivas estão a cada dia mais apaixonadas, as almas dominantes, Addie e Devon, não se bicam. Vai ser interessante acompanhar o desenvolvimento desse relacionamento a quatro.

Em suma, O Que Restou de Mim pecou pela falta. Kat Zhang, infelizmente, não soube desenvolver o incrível enredo que tinha em suas mãos. O segundo livro, Um Dia Existimos, foi lançado ano passado e o terceiro, Echo of Us, ainda não tem data de lançamento definida. Continuarei lendo a trilogia apenas pelo fato de eu ter começado. Entretanto, acredito que As Crônicas Híbridas possam ter salvação se Kat Zhang soube, ao longo dos dois livros seguintes, conduzir melhor a história. Veremos!

Como sempre gosto de reiterar nas minhas resenhas mais negativas, essa é única e exclusivamente MINHA opinião, com você a experiência da leitura pode ser completamente diferente! 😉


CC1

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[Resenha] Como Eu Era Antes de Você – Jojo Moyes /resenha-como-eu-era-antes-de-voce-jojo-moyes/ /resenha-como-eu-era-antes-de-voce-jojo-moyes/#comments Sun, 24 Apr 2016 23:32:06 +0000 /?p=2110 Oi, pessoal, tudo bem? Aproveitaram o feriadão? Espero que sim. 😀 A resenha de hoje já tinha sido publicada aqui no blog, porém, isso foi feito logo que o blog entrou no ar. E como no começo de todo blog as visitas são poucas, achei injusto deixar essa resenha naquele lugar obscuro, pois Como Eu Era Antes de Você é o meu livro favorito da vida! ♥ Autora: Jojo Moyes Número de páginas: 320 Ano: 2013 Editora: Intrínseca Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. …

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Oi, pessoal, tudo bem? Aproveitaram o feriadão? Espero que sim. 😀 A resenha de hoje já tinha sido publicada aqui no blog, porém, isso foi feito logo que o blog entrou no ar. E como no começo de todo blog as visitas são poucas, achei injusto deixar essa resenha naquele lugar obscuro, pois Como Eu Era Antes de Você é o meu livro favorito da vida!

capa_como-eu-era-antes-de-voce2Autora: Jojo Moyes

Número de páginas: 320

Ano: 2013

Editora: Intrínseca

Sinopse: Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Além disso, trabalha como garçonete num café, um emprego que ela adora e que, apesar de não pagar muito, ajuda nas despesas. E namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.

Quando o café fecha as portas, Lou se vê obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, a ex-garçonete consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto e planeja dar um fim ao seu sofrimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.

SKOOB


Essa resenha conterá spoilers. Se você ainda não leu o livro não leia a resenha! Mas comente para eu saber que você passou aqui e para eu retribuir sua visita! *–*

Apenas viva bem. Apenas viva!

Louisa Clark era uma jovem sem ambições. Conformada com sua vidinha mais ou menos, morava em uma casa superlotada, namorava um cara chato que só tinha um assunto, trabalhava em um café e não pensava em mudar de emprego até que foi forçada a isso. Com 26 anos ela era praticamente o arrimo da família, que dependia do dinheiro dela para se sustentar. Mas o que Lou não sabia ainda era que perder o emprego seria o melhor que podia ter lhe acontecido.

Aos 26 anos a maioria dos jovens está, no máximo, se sustentando aos trancos e barrancos. A prioridade de Lou não era e nunca fora ela, era sua família. Confesso que senti um pouco de raiva da família dela no início! Senti que eles eram meio que o urubu sobrevoando a carniça, sabe? Lou não teve nem tempo de se lamentar pela perda do emprego que eles já estavam querendo saber quando ela iria arrumar um emprego novo…entendo que havia dificuldades, que o dinheiro era contado, mas foram muitas as vezes em que me coloquei no lugar de Lou. Ela era tratada como a menos esperta, a sem ambição, quando, na verdade, ela deixou de lado suas ambições para ajudar a família e eles não entendiam isso!

Achei interessante o fato de Jojo de introduzir a história de Will no prólogo. Isso nos fez ter uma ideia de como era Will Traynor antes de seu acidente. Creio que se nós tivéssemos conhecido apenas o Will tetraplégico nós não iríamos, mesmo que com certa dificuldade, entender sua ânsia pelo fim.

Sabe, você só pode ajudar alguém que aceita ajuda.

Jojo mostrou todas as nuances da deficiência, ela não tentou mascarar a condição de Will com uma história de amor, ela mostrou que mesmo com todas as dificuldades, com toda a luta, toda a dor, o amor ainda sobrevive, ainda respira, mas será que só o amor basta? Vocês que leram chegaram a se perguntar, como eu me perguntei, até que ponto a vida vale a pena?

Will estava acostumado a afastar todas as pessoas que tentavam se aproximar construindo um muro ao seu redor. Acho que depois de ter perdido os movimentos, os amigos, a namorada, ele fez isso porque, no fundo, não tinha força para perder mais ninguém! Se ninguém entra, ninguém vai embora. Ninguém entra…até Louisa aparecer!

Gostei do começo da história dos dois. Às vezes eu ficava meio impaciente, querendo que a amizade começasse logo, mas entendi o que Jojo quis fazer. Ela quis mostrar que Will precisava de alguém que olhasse para ele como uma pessoa, não como uma pessoa tetraplégica, como uma pessoa, apenas isso. Não que Lou esquecesse das condições dele, ela sabia de todas as limitações de Will, mas ela só queria que ele entendesse que, apesar dos pesares, podia ser amado, desejado, poderia querer viver!

Assim que acabei de ler o livro eu não quis acreditar! Confesso que voltei as páginas e li de novo, acho que fiz isso duas vezes. Eu não me conformava, não! Não podia ser! E o amor? O amor não basta? Não pode ser!!

— Eu contei para ele que o amava — disse ela, a voz descendo de tom até um sussurro. — E ele apenas disse que isso não bastava. — Seus olhos estavam arregalados e vazios. — Como posso aguentar isso?

Mas agora, infelizmente, eu entendi que não! Nesse caso, não importa quão grande o amor de Louisa fosse, não seria suficiente! Pensei na parte em que ele disse à Lou que ela não sabia o quanto ele a desejava, que ela não sabia das coisas que ele pensava em fazer com ela e me coloquei no lugar dele…como deve ser horrível você querer tanto fazer uma coisa e simplesmente não poder? Ele só podia pensar, ele estava limitado a isso por toda a vida. Jojo não quis descrever uma possível cena de sexo, ou tentativa de sexo, e entendi seu motivo…o problema de Will não era apenas de cunho sexual, até Lou pensou que pudesse ser quando disse que eles “poderiam tentar”, o problema de Will era muito mais do que isso! Ainda acho que Will poderia ter mudado de ideia, mas ele estaria mentindo para ele mesmo. Will sabia que poderia viver uma vida razoavelmente boa, mas aquela não era a vida que ele queria. Para Will ele não vivia, apenas existia!

Faço aqui a ressalva que não sou a favor do que Will fez, eu apenas entendo. Colocando-me no lugar dele, tentando ter a perspectiva dele! Até porque eu acho que essa história é, acima de tudo, uma história de autoconhecimento. Will sabia quem ele era e sabia que aquele “ele” tetraplégico não era ELE e isso ele não suportava. Lou, pelo contrário, não sabia quem era e precisou passar por tudo isso para realmente se descobrir, descobrir quem era a Lou de verdade!

Os personagens secundários são ótimos! Adoro livros em que sinto que aqueles personagens podem ser reais! Adorei o fato de Jojo ter feito com que alguns capítulos fossem narrados por outros personagens e foi impressionante o quanto aquilo encaixava, o timing era perfeito, genial! Eu queria ter lido um capítulo narrado pelo Will…talvez sua visão sobre Lou, mas compreendo a Jojo, para quê, afinal?

Como Eu Era Antes de Você foi, até agora, o melhor romance que já li! Ele nos faz refletir, ponderar, entrar em crise existencial, ter raiva, chorar…

Ao final da leitura o meu coração encontrava-se como o banjo da Canção Molahonkey:

Eu fui à loooooooja de consertooooos
Ver o que eles poderiiiiiiiiam fazeeeeer
Eles disseeeeeeeram que as coooordas estragaaaram
Não daaaaava mais para consertaaaar.


Aiiii, gente! Sinto muito amor por esse livro. Eu leio desde os meus nove anos de idade e com esse livro eu pude sentir coisas que nunca havia sentido. Até hoje não houve livro que repetisse tal feito! Em junho estreia a adaptação cinematográfica da história com Emilia Clarke no papel de Louisa Clark e Sam Claflin no papel de Will Traynor. Confesso que quando divulgaram o elenco eu não curti, mas pelo trailer parece que esses dois deram conta do recado! E se eu já me debulhei em lágrimas apenas com esse trailer, não quero nem pensar em que estado eu sairei do cinema!!!


CC1Já estão participando do Concurso Cultural – O Sorriso da Hiena? Essa é sua chance de ganhar um exemplar autografado de um dos thrillers nacionais mais comentados do momento! E para participar é muito simples, clique AQUI e saiba mais! 😉

 

Ahhh, gente, finalmente eu me rendi ao Snapchat! Quem quiser me seguir é só adicionar tami_marins que eu adiciono de volta. Mas aviso logo que eu posto muitos snaps falando das minhas leituras, hein! hahahaha’

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[Resenha] Tudo e Todas as Coisas – Nicola Yoon /resenha-tudo-e-todas-as-coisas-nicola-yoon/ /resenha-tudo-e-todas-as-coisas-nicola-yoon/#comments Sun, 03 Apr 2016 23:39:28 +0000 /?p=2042 Oi, gente, tudo bem? Eu sei que hoje já é dia três, mas como não postei antes, queria saber em quantas pegadinhas de primeiro de abril vocês caíram? Acho que esse ano eu quebrei meu recorde! Ou eu sou muito lerda ou muito inocente, porque olha… foram várias! 😀 A resenha de hoje é sobre um livro muito gostosinho que eu devorei assim que chegou, Tudo e Todas as Coisas. Livro cedido em parceria com a editora. Autora: Nicola Yoon Número de páginas: 304 Ano: 2016 Editora: Novo Conceito Sinopse: Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa – nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas com quem convivo são minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia em que ele chegou. Pela janela, olho …

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Oi, gente, tudo bem? Eu sei que hoje já é dia três, mas como não postei antes, queria saber em quantas pegadinhas de primeiro de abril vocês caíram? Acho que esse ano eu quebrei meu recorde! Ou eu sou muito lerda ou muito inocente, porque olha… foram várias! 😀 A resenha de hoje é sobre um livro muito gostosinho que eu devorei assim que chegou, Tudo e Todas as Coisas.


tudo e todas as coisas

Livro cedido em parceria com a editora.

Autora: Nicola Yoon

Número de páginas: 304

Ano: 2016

Editora: Novo Conceito

Sinopse: Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa – nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas com quem convivo são minha mãe e minha enfermeira, Carla.

Eu estava acostumada com minha vida até o dia em que ele chegou. Pela janela, olho para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e veste preto da cabeça aos pés. Seus olhos são azuis como o oceano.

Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre.

SKOOB


Tudo é um risco. Não fazer nada é um risco. A decisão é sua.

Madeline Whittier sofre de IDCG – Imunodeficiência Combinada Grave, ou simplesmente doença da criança bolha. Qualquer coisa pode ser um gatilho que, ao ativado, dá início a uma série de doenças. Por este motivo, Madeline nunca saiu de casa. A última vez em que fez isso era apenas um bebê. Maddy já está acostumada com sua situação e não reclama de nada. Ela tem aulas de várias disciplinas via Skype e seus passatempos preferidos são ler – ela até tem um Tumblr de resenhas chamado Resenhas com Spoilers – e jogar com sua mãe, Pauline.

Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode deflagrar um ataque de doenças. Pode ser algum produto químico no líquido usado para limpar uma mesa que eu acabei de tocar. Pode ser o perfume de alguém. Pode ser o tempero exótico de algo que eu comi. Pode ser uma dessas coisas, ou todas elas, ou nenhuma, ou alguma outra completamente diferente.

Pauline Whittier, que também é médica, toma conta da menina com mãos de ferro. Ninguém pode entrar na casa e, caso seja extremamente necessário, a pessoa tem que se submeter a exames médicos detalhados e tem que aceitar ser descontaminada. Depois de perder o marido e o filho mais velho em um acidente de trânsito, Pauline vive em função da filha. Com o dinheiro que recebeu de indenização pelo acidente, Pauline fez diversas melhorias na casa, como, por exemplo, a instalação de um moderno sistema de filtros de ar, que troca o ar da casa de hora em hora para que o risco de contaminação seja mínimo. Além da mãe, Madeline conta com a companhia de Carla, sua enfermeira, uma corpulenta imigrante mexicana que trata a menina com muito carinho e dedicação.

Essa é a vida de Madeline. Essas são as pessoas que Madeline conhece. Tudo isso era suficiente pra ela… até a chegada de Oliver.

Oliver acaba de se mudar com a família para a casa ao lado. Sua família é meio desajustada. O pai dele é muito violento, sua mãe muito submissa e sua irmã parece que está perdida na vida. Depois de algum tempo, Maddy e Olly começam a se corresponder todas as noites através de email e mensagens instantâneas. Carla vira confidente da menina, e, depois de Maddy tanto pedir, acaba permitindo que Olly entre na casa enquanto Pauline está trabalhando, desde que eles não se toquem e mantenham a maior distância possível entre eles. As condições são aceitas e a partir daí Oliver começa a visitar Maddy pessoalmente.

Se a minha vida fosse um livro e eu o lesse de trás para frente, nada mudaria. Hoje é o mesmo que ontem. Amanhã será o mesmo que hoje. No Livro de Maddy, todos os capítulos seriam o mesmo. Até Olly aparecer.

O inevitável acontece e eles acabam se apaixonando, mas qual será o futuro dessa relação? Eles não podem se tocar, não podem se beijar… é extremamente frustrante. Madeline não aguenta mais o fato de não poder ficar perto de Olly e acaba fugindo de casa. Os dois embarcam, então, em uma viagem rumo ao Havaí, lugar que Madeline gostaria muito de conhecer.

Seria essa a última viagem da vida de Madeline? Quanto tempo levará até que ela tenha o primeiro ataque? Será verdade aquele ditado que diz que vale tudo no amor?

Ele me envolve em seus braços e, quando estamos embrulhados um no outro, seu rosto se enterra no meu cabelo e meu rosto está pressionado contra o seu peito, nem mesmo a luz do sol passa entre nossos corpos.

— Não morra — ele diz.

— Não morrerei — devolvo.

••••••••••

Tudo e Todas as Coisas definitivamente não é apenas mais um sick-lit! Eu até diria que de sick-lit ele praticamente não tem nada a não ser o fato de Madeline estar doente, entretanto, esta condição não é remoída ao longo da história como costuma acontecer em livros do gênero. Óbvio que nós temos as devidas apresentações, onde a personagem explica o que é a IDCG e qual é a mecânica de sua doença, com todas as medições e checagens diárias, mas o que o livro mais mostra pra gente, de uma maneira bem pessoal, já que achei o livro quase um diário, é uma menina que queria, acima de tudo, viver.

Quando fiz a divulgação do livro foram várias as pessoas que vieram falar que não gostavam de livros sobre doenças. Algumas até falaram de experiências ruins com ACEDE, por exemplo. Por isso senti a necessidade de fazer essa observação. Eu asseguro para vocês que não há semelhança alguma.

tudo e todas as coisas 3

Madeline é uma personagem adorável. No começo do livro ela é bem ingênua e inocente, mas isso é totalmente pertinente, já que a menina não saía de casa desde criança, né? Porém, ao longo da história, nós acompanhamos seu crescimento pessoal. Ela descobre o mundo e nós presenciamos isso, é lindo de se ver. Olly, por sua vez, é aquele tipo de personagem que conquista a gente desde o primeiro momento. Praticante de Parkour, o garoto vive subindo em qualquer lugar que julgue pertinente. Os dois formam um casal lindo. Comecei a torcer por eles logo no início, quando eles ainda se correspondiam através da internet, e fiquei me perguntando a todo momento como aquilo iria funcionar!

Pauline e Carla também são personagens interessantes. A enfermeira de Madeline é muito divertida e, do tipo mãezona, tem ótimos conselhos para dar. Já Pauline é aquele tipo de personagem que irrita um pouco a gente, sabe? Se até eu fiquei sufocada com toda aquela superproteção, imagine Madeline?! Mas Pauline fazia tudo aquilo por amor, ela não queria perder Madeline, ela já havia perdido muita coisa.

A Novo Conceito caprichou nesta edição! O livro está lindíssimo, a começar por essa capa belíssima. Ao longo da história, somos presenteados com lindas ilustrações feitas pelo marido da autora, David Yoon, que demonstram, por exemplo, o que está se passando na cabeça de Maddy. Temos também ilustrações das listas de checagem da saúde da personagem, janelas de email, checklists, ou seja, o livro puxa a gente pra dentro dele de todas as formas possíveis.

tudo e todas as coisas 5

A escrita da autora é super fluida e, como falei lá em cima, tem um tom muito pessoal. O livro é narrado em primeira pessoa por Madeline e os capítulos são curtinhos alguns tem apenas cinco linhas. Pode parecer estranho, mas isso se encaixa perfeitamente naquilo que nos está sendo contado. As páginas são amareladas e encontrei poucos erros de revisão. Como ressalva eu só diria que gostaria de saber um pouco mais da relação de Maddy com o mundo novo que ela descobre, mas entendo que esse não era o foco do livro.

Depois de uma grande reviravolta, o livro termina de uma maneira muito singela e bonita. Eu literalmente fechei o livro com um sorriso no rosto! Acho que nem preciso falar que o livro está mais do que recomendado, né? Leiam Tudo e Todas as Coisas, vocês não vão se arrepender! 😀

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[Resenha] Ratos – Gordon Reece /resenha-ratos-gordon-reece/ /resenha-ratos-gordon-reece/#comments Sun, 27 Mar 2016 00:18:28 +0000 /?p=2011 Oi, gente, tudo bem? Como foi o feriado de vocês? Eu fui ver Batman vs Superman, mas fiquei decepcionada, pois achei o filme bem fraquinho. A resenha de hoje é de um livro que eu deveria ter lido em setembro do ano passado, quando a Sil, do blog Prefácio, me desafiou para o “Tá na estante e não leu? Seu amigo escolheu!”, mas aí teve Bienal e ainda foi mês de prova na universidade, ou seja, não li o livro. Eu teria que ter lido o livro em 15 dias a partir do dia da indicação, demorei um pouquinho mais  – só um pouquinho 😀 – porém, antes tarde do que nunca! Ainda aproveitei para incluir Ratos na categoria capa feia do I Dare You de março! 😉 Autor: Gordon Reece Número de páginas: 240 Ano: 2011 Editora: Intrínseca Sinopse: Shelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas …

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Oi, gente, tudo bem? Como foi o feriado de vocês? Eu fui ver Batman vs Superman, mas fiquei decepcionada, pois achei o filme bem fraquinho. :(

A resenha de hoje é de um livro que eu deveria ter lido em setembro do ano passado, quando a Sil, do blog Prefácio, me desafiou para o “Tá na estante e não leu? Seu amigo escolheu!”, mas aí teve Bienal e ainda foi mês de prova na universidade, ou seja, não li o livro. Eu teria que ter lido o livro em 15 dias a partir do dia da indicação, demorei um pouquinho mais  – só um pouquinho 😀 – porém, antes tarde do que nunca! Ainda aproveitei para incluir Ratos na categoria capa feia do I Dare You de março! 😉


ratos

Autor: Gordon Reece

Número de páginas: 240

Ano: 2011

Editora: Intrínseca

Sinopse: Shelley e a mãe foram maltratadas a vida inteira. Elas têm consciência disso, mas não sabem reagir — são como ratos, estão sempre entocadas e coagidas.

Shelley, vítima de um longo período de bullying que culminou em um violento atentado, não frequenta a escola. Esteve perto da morte, e as cicatrizes em seu rosto a lembram disso. Ainda se refazendo do ataque e se recuperando do humilhante divórcio dos pais, ela e a mãe vivem refugiadas em um chalé afastado da cidade.

Confiantes de que o pesadelo acabou elas enfim se sentem confortáveis, entre livros, instrumentos musicais e canecas de chocolate quente junto à lareira. Mas, na noite em que Shelley completa dezesseis anos, um estranho invade a tranquilidade das duas e um sentimento é despertado na menina.

Os acontecimentos que se seguem instauram o caos em tudo o que pensam e sentem em relação a elas mesmas e ao mundo que sempre as castigou. Até mesmo os ratos têm um limite.

SKOOB


Talvez a verdade seja que todos temos um limite – até mesmo os ratos -, e quando ele é ultrapassado algo se transforma dentro de nós.

Shelley era uma adolescente comum. Ela tinha três amigas inseparáveis: Teresa, Emma e Jane, e juntas elas formavam as JETS. Elas se conheciam desde crianças e parecia que seriam amigas para sempre. Porém, aos catorze anos, Teresa, Emma e Jane começaram a mudar e passaram a apresentar um comportamento muito agressivo. Shelley continuou sendo a mesma menina doce, que gostava de leitura e de música clássica. As três meninas, então, começam a tratar Shelley com muita hostilidade.

No começo eram apenas olhares de repulsa e insultos verbais. Depois começaram as pegadinhas, como quando elas colocaram um pardal morto dentro do tênis de Shelley. As agressões físicas começaram com empurrões, rasteiras e puxões de cabelo. Mas certo dia as três meninas vão longe demais e ateiam fogo nos cabelos de Shelley.

Eu não tinha outros amigos – nunca precisei ter outros amigos. Sempre tive Teresa, Emma e Jane. Nós éramos melhores amigas desde os nove anos. Nós nos amávamos como irmãs. Nós éramos as JETS. Eu não imaginava o quanto os sentimentos delas por mim se tornaram nocivos. E não imaginava o perigo que corria.

Em Ratos nós também conhecemos Elizabeth, mãe de Shelley. No passado, Elizabeth era uma promissora advogada que tinha um brilhante futuro pela frente. Quatro anos após o nascimento de Shelley, Elizabeth abandonou a profissão para fazer a vontade do marido, pois este queria que ela ficasse em casa cuidando da filha. Depois de ser trocada por uma mulher muitos anos mais jovem que ela, Elizabeth passa por maus bocados para se recolocar no mercado, pois seu conhecimento jurídico estava completamente defasado. Tudo o que ela consegue é o emprego de assistente jurídica, trabalho no qual ganhava muito mal e no qual era explorada pelos patrões.

Nem a escola e nem a polícia conseguem provas de que as três garotas foram as responsáveis pelo ataque à Shelley. Traumatizada, a menina decide deixar de frequentar as aulas e passa a ter aulas em casa, com tutores. Na mesma época em que Shelley sofre o ataque, Elizabeth recebe o dinheiro do divórcio. Com esse dinheiro ela compra o Chalé Madressilva, uma casa muito afastada da cidade, do jeito que ambas queriam.

Docilmente aceitamos, submetemo-nos, calamo-nos, não dissemos nada, não fizemos nada, porque a mansa submissão é tudo o que os ratos conhecem.

A vida das duas no Chalé Madressilva estava indo bem. Shelley recebia os tutores pela manhã enquanto Elizabeth estava no trabalho. Quando a mãe retornava, elas conversavam sobre como foi o dia e depois tocavam juntas, Elizabeth ao piano e Shelley na flauta.

Na noite em que Shelley completa dezesseis anos, após a agradável rotina de mãe e filha, um estranho invade a casa. Aparentemente drogado, ele amarra as duas e sai em busca de algo valioso para roubar.

Quando um gato invade a toca de um rato, ele não vai embora sem fazer mal nenhum. 

Elas poderiam obedecer. Poderiam aceitar, abaixar a cabeça, afinal, isso era tudo o que elas haviam feito na vida. Porém, como a própria sinopse do livro diz, até mesmo os ratos têm um limite. E aquela fatídica noite mudaria para sempre a vida de Shelley e Elizabeth.

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Após ler um comentário sobre Ratos em um dos grupos de leitura que participo no Facebook, fui pesquisar um pouco mais sobre o livro. A originalidade da história e a proposta da mesma me conquistaram. Comprei o livro por míseros R$3,60 no Submarino e até comecei a ler quando o livro chegou, mas acabei deixando ele de lado.

Como eu mencionei, a história e a proposta de Ratos são muito originais, e foi isso que me fez ir até o final do livro, pois, ao longo da leitura, achei que faltou profundidade em diversos aspectos.

Achei Shelley muito infantil. Após o episódio do roubo ela até melhora, mas oscila muito entre a infantilidade e o comportamento normal de uma adolescente de dezesseis anos. Após o ocorrido, são diversos os momentos em que ela age de maneira forçada, beirando a psicopatia. Elizabeth também deixa muito a desejar. Entendo que o autor quis construir personagens submissas e passíveis, mas a passividade de Elizabeth me irritou em determinados momentos. Como que colocam fogo na filha dela e ela não faz absolutamente nada? Eu não posso comentar muito porque eu teria que soltar diversos spoilers, mas se ela teve cabeça pra conseguir se safar de uma – na verdade duas – situações que ocorrem no livro, como ela não conseguiu encontrar uma saída para as três garotas serem punidas?

Gordon quis fazer uma abordagem mais psicológica, quis mostrar o que as pessoas são capazes de aguentar e até quando elas são capazes de aguentar sem revidar. Mas as duas personagens principais são muito rasas e não achei que ele explorou todas as possibilidades que a história possuía. Quando cheguei ao final do livro, li a orelha onde fica a breve biografia do autor. E de lá pude tirar diversas conclusões. Antes de escrever Ratos, Gordon escreveu diversas Graphic Novels e livros infantis. Livros infantis…Shelley é isso, uma personagem de livro infantil com algumas nuances mais sombrias.

Achei interessante o nome do livro e o significado que ele tem na história. São diversas as passagens onde o termo “ratos” é abordado de maneira bem pertinente. O livro é narrado por Shelley e os capítulos são curtos. A escrita do autor é bem enxuta e fluida. Sobre a capa, acho bem feia! Ela é até interessante, pois é vazada formando uma toca de rato mesmo e o título do livro fica na orelha, mas acho que uma outra capa faria o livro ser até mais vendável.

Uma outra coisa que me desagradou foi o final. Esperava uma coisa mais impactante, mas achei tudo bem bobinho.

O livro não é ruim, mas está longe de ser bom. Para mim, Gordon tinha ouro nas mãos, uma premissa totalmente instigante e original que, se bem explorada, poderia render um grande livro. Como eu sempre gosto de frisar, não é porque eu não curti um livro que vou falar que não o recomendo. As pessoas são diferentes e têm gostos diferentes. Esse livro tem uma nota boa no Skoob, mas não funcionou comigo. Porém, com vocês ele pode funcionar perfeitamente bem! 😉

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[Resenha] Assassinato no Expresso do Oriente – Agatha Christie /resenha-assassinato-no-expresso-do-oriente-agatha-christie/ /resenha-assassinato-no-expresso-do-oriente-agatha-christie/#comments Fri, 18 Mar 2016 02:23:20 +0000 /?p=1985 A resenha de hoje será escrita com pesar. Vocês já devem saber que eu sou uma grande fã do gênero policial, por isso me condenava bastante pelo fato de ainda não ter lido nenhum livro da rainha do crime. Resolvi começar a desbravar os livros de Agatha Christie através do famigerado Assassinato no Expresso do Oriente, só que, infelizmente, a leitura não foi tudo aquilo que eu imaginei que seria! Autora: Agatha Christie Número de páginas: 196 Ano: 2014 Editora: Nova Fronteira Sinopse: Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano. O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante …

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A resenha de hoje será escrita com pesar. Vocês já devem saber que eu sou uma grande fã do gênero policial, por isso me condenava bastante pelo fato de ainda não ter lido nenhum livro da rainha do crime. Resolvi começar a desbravar os livros de Agatha Christie através do famigerado Assassinato no Expresso do Oriente, só que, infelizmente, a leitura não foi tudo aquilo que eu imaginei que seria! :(


Expresso Oriente

Autora: Agatha Christie

Número de páginas: 196

Ano: 2014

Editora: Nova Fronteira

Sinopse: Nada menos que um telegrama aguarda Hercule Poirot na recepção do hotel em que se hospedaria, na Turquia, requisitando seu retorno imediato a Londres. O detetive belga, então, embarca às pressas no Expresso do Oriente, inesperadamente lotado para aquela época do ano.

O trem expresso, porém, é detido a meio caminho da Iugoslávia por uma forte nevasca, e um passageiro com muitos inimigos é brutalmente assassinado durante a madrugada. Caberá a Poirot descobrir quem entre os passageiros teria sido capaz de tamanha atrocidade, antes que o criminoso volte a atacar ou escape de suas mãos.

SKOOB


— O assassino está entre nós, e no trem…

O detetive belga Hercule Poirot acabara de chegar ao Tokatlian, hotel no qual se hospedaria, na Turquia. Na portaria, ele recebe um telegrama avisando-o que deveria regressar imediatamente a Londres. Poirot embarca, então, no Expresso do Oriente e lá conhece diversos passageiros e suas peculiaridades.

Em dado momento, um dos passageiros do Expresso do Oriente vai ao encontro de Poirot pedindo proteção, mas o detetive nega. Só que Poirot não contava com o fato de que esse mesmo passageiro seria assassinado pouco tempo depois, em uma noite de grande nevasca que impediria que o Expresso do Oriente seguisse viagem.

Mas este é um crime diferente. Tenho o palpite, meu caro amigo, que este crime foi cuidadosamente planejado. É um crime longamente premeditado, até mesmo ensaiado.

Bouc, diretor da Compagnie Internationale des Wagons Lits, empresa que era responsável pelo Expresso do Oriente, pede para que Poirot investigue e descubra quem é o assassino. E é aí que Poirot dá início a uma série de interrogatórios a fim de descobrir qual dos passageiros era o assassino.

Durante as investigações, Poirot acaba descobrindo que a vítima tinha envolvimento em um crime muito famoso, que gerou comoção nacional. Descobre também que a vítima tinha muitos inimigos e que vinha recebendo cartas ameaçadoras. Começa então uma corrida contra o tempo em busca do assassino. São muitos passageiros. Homens, mulheres, jovens, idosos, nobres…será que Poirot conseguirá desvendar esse mistério?

••••••••••

Eu não posso comentar muito sobre os acontecimentos para não estragar a leitura de vocês. Até pensei em revelar quem morria – com um aviso de spoiler, claro – mas resolvi ser bem básica no resumo da história, que é relativamente curta para um livro do gênero ao qual pertence.  A primeira coisa na qual eu pensei quando terminei a leitura e fechei o livro foi: é só isso? Não me entendam mal, o livro não é um desastre, longe disso, mas para mim faltou algo mais, faltou tempero.

O livro é dividido em três partes. Na primeira temos o assassinato, na segunda os depoimentos de todos os passageiros e na terceira a solução de tudo o que aconteceu. A segunda parte, na minha opinião, foi maçante. São quase oitenta páginas de depoimentos que não chegam a lugar nenhum. Ok, no final do livro nós descobrimos o motivo de ninguém se contradizer e de tudo se encaixar perfeitamente, mas acho que aqueles depoimentos poderiam ter sido intercalados com alguma ação.

Outro problema que eu tive foi em relação aos personagens. Hercule Poirot é muito inteligente, não posso negar, mas achei que faltou profundidade ao personagem. Foi tudo muito mecânico, era quase como se ele estivesse seguindo um manual à risca. Os outros personagens também não são aprofundados, pois a brevidade da história não permitiu isso. Tudo é muito objetivo, muito rápido, uma pena.

A resolução do crime me deu preguiça. Não vou comentar muito os motivos, pois para isso precisaria dar diversos spoilers, mas eu não comprei aquela história em nenhum momento. Porém, o livro foi lançado em 1934, ou seja, há 82 anos! Para quem está acostumado com os livros policiais contemporâneos cheios de ação, onde os detetives botam a mão na massa, esse livro pode ser um pouco frustrante, assim como foi para mim. Poirot resolve todo o crime sentado em uma cadeira! O que admirável, mas entediante…

Mas eu dou os merecidos créditos pela ousadia de Agatha, pois a resolução do crime pode até ser preguiçosa, mas é bem ousada.

Sobre a parte gráfica, só tenho elogios. Essa edição de capa dura da Nova Fronteira está lindíssima! Apenas gostaria de fazer duas observações. O livro possui muitas expressões e até mesmo frases inteiras em francês, o que compromete o entendimento e a fluidez de certas passagens. A editora poderia ter colocado as traduções no rodapé, por exemplo. Encontrei também erros na grafia de alguns sobrenomes mais difíceis, como Dragomiroff, que em dado momento virou Dragomirff.

Em suma, Assassinato no Expresso do Oriente me decepcionou. E eu fiquei decepcionada por ter me decepcionado, faz sentido? Eu queria ter amado esse livro, não queria fazer parte da exceção, queria fazer parte da regra, mas nem tudo acontece da maneira que a gente quer. Se eu lerei mais algum livro da autora? Só o tempo dirá!

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O Pequeno Príncipe – Citações /o-pequeno-principe-citacoes/ /o-pequeno-principe-citacoes/#comments Fri, 11 Mar 2016 18:12:44 +0000 /?p=1955 Oi, pessoal, tudo bem? Gostaria de me desculpar pela falta de atualização nessa última semana. Tive alguns problemas, mas já estou de volta! Como eu disse na postagem anterior, eu não farei uma resenha propriamente dita de O Pequeno Príncipe, pois já é um livro muito conhecido. Mas para a leitura não passar em branco, resolvi dividir com vocês as citações que mais tocaram o meu coração. ♥ Autor: Antoine de Saint-Exupéry Número de páginas: 93 Ano: 1986 Editora: Agir Sinopse: Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com …

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Oi, pessoal, tudo bem? Gostaria de me desculpar pela falta de atualização nessa última semana. Tive alguns problemas, mas já estou de volta! Como eu disse na postagem anterior, eu não farei uma resenha propriamente dita de O Pequeno Príncipe, pois já é um livro muito conhecido. Mas para a leitura não passar em branco, resolvi dividir com vocês as citações que mais tocaram o meu coração.


O-pequeno-príncipe

Autor: Antoine de Saint-Exupéry

Número de páginas: 93

Ano: 1986

Editora: Agir

Sinopse: Um rei pensava que todos eram seus súditos, apesar de não haver ninguém por perto. Um homem de negócios se dizia muito sério e ocupado, mas não tinha tempo para sonhar. Um bêbado bebia para esquecer a vergonha que sentia por beber. Um geógrafo se dizia sábio mas não sabia nada da geografia do seu próprio país. Assim, cada personagem mostra o quanto as “pessoas grandes” se preocupam com coisas inúteis e não dão valor ao que merece. Isso tudo pode ser traduzido por uma frase da raposa, personagem que ensina ao menino de cabelos dourados o segredo do amor: “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”.

SKOOB


Eu já conhecia aquelas citações mais famosas, que estamos acostumados a encontrar na internet e a ouvir de alguém ou em algum meio de comunicação, mas a verdade é que o livro é repleto de citações maravilhosas.

o pequeno principe

Todas as pessoas grandes foram um dia crianças — mas poucas se lembram disso.

As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, ficar toda hora explicando…

Se lhes dou esses detalhes sobre o asteroide B612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. Elas adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, as pessoas grandes jamais se interessam em saber como ele realmente é. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que ele coleciona borboletas?” Mas perguntam: “Qual é a sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto seu pai ganha?” Somente assim é que elas julgam conhecê-lo.

o pequeno príncipe

As crianças têm que ter muita paciência com as pessoas grandes.

— É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.

— Tu julgarás a ti mesmo — respondeu-lhe o rei. — É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio.

o pequeno príncipe

A Terra não é um planeta qualquer! Contam-se lá cento e onze reis (não esquecendo, é claro, os reis negros), sete mil geógrafos, novecentos mil negociantes, sete milhões e meio de beberrões e trezentos e onze milhões de vaidosos — isto é, cerca de dois bilhões de pessoas grandes.

“Que planeta engraçado!”, pensou então. “É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz… No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro.”

Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo…

o pequeno príncipe

— A gente só conhece bem as coisas que cativou — disse a raposa. — Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

— Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

— Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.

— Adeus — disse a raposa. — Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.

o pequeno príncipe

— Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

— Tua raposa… as orelhas dela… parecem chifres… e são compridas demais!

Ele riu outra vez.

— Tu és injusto, meu caro, eu só sabia desenhar jiboias abertas e fechadas…

— Não faz mal — disse ele. — As crianças entendem.


O Pequeno Príncipe é um livro repleto de metáforas interessantíssimas e, apesar de ser vendido como um livro infantil, ele não é um livro para crianças, o que não quer dizer que elas não possam lê-lo. Elas podem e devem. O que eu quero dizer é aquilo que o próprio autor diz – esse livro foi escrito para a criança que habita em nós, adultos.

O livro possui diversas críticas sociais e até mesmo políticas. Ele critica a ambição, a vaidade, a soberba, e muitas outras coisas. Ao mesmo tempo, ele nos mostra o poder da amizade, da confiança e da esperança.

Eu li o livro duas vezes em um único dia. Ao chegar ao final da primeira leitura, senti que não tinha absorvido tudo que o livro tinha para me oferecer. Li de novo e, mesmo em um intervalo de tempo tão curto, mergulhei ainda mais na profundidade daquelas mensagens.

Se você não leu esse livro ainda, leia! Eu demorei mais de vinte anos para conhecer a história do principezinho, mas nunca mais irei esquecê-la!

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[Resenha] O Visconde Que Me Amava – Julia Quinn /resenha-o-visconde-que-me-amava-julia-quinn/ /resenha-o-visconde-que-me-amava-julia-quinn/#comments Sun, 28 Feb 2016 00:41:13 +0000 /?p=1927 Oi, gente. tudo bem? Não resisti e li o segundo livro da série Os Bridgertons menos de uma semana após o término do primeiro. Não consegui ficar muito tempo longe dessa família!   Autora: Julia Quinn Número de páginas: 288 Ano: 2013 Editora: Arqueiro Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva. Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. …

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Oi, gente. tudo bem? Não resisti e li o segundo livro da série Os Bridgertons menos de uma semana após o término do primeiro. Não consegui ficar muito tempo longe dessa família!


 

o visconde que me amavaAutora: Julia Quinn

Número de páginas: 288

Ano: 2013

Editora: Arqueiro

Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela. Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

SKOOB


Quando Anthony enfim saíra do quarto, os primeiros raios da aurora conferiam uma coloração cor de rosa ao céu e ele, por alguma razão, sabia que seus dias estavam contados do mesmo modo que os de Edmund estiveram.

Edmund, o patriarca dos Bridgertons, era um homem formidável. Marido e pai amoroso, fazia de tudo pelo bem de sua família e era muito justo com aqueles que estavam ao seu redor. Anthony Bridgerton, primogênito de Edmund e Violet, tinha paixão pelo pai. Edmund era seu heroi e seu modelo de hombridade. Ele fazia tudo o que podia para que o pai se orgulhasse dele.

Só que o destino é cruel e, ao ser picado por uma abelha, Edmund acaba falecendo muito jovem, aos trinta e oito anos. Inconformado por ter perdido o pai, Anthony chega à conclusão que não seria capaz de superá-lo em nada, nem ao menos na idade.

Anthony aproveitou a vida de solteiro como pôde, daí a sua fama de libertino. Mas agora, aos vinte e nove anos de idade, lhe resta, de acordo com sua teoria, menos de uma década até a sua morte. Sendo ele um visconde, tinha a responsabilidade de deixar um herdeiro para o título, mas para isso precisava se casar. Só que ele não queria se apaixonar por sua esposa, queria se poupar de mais esse fardo, do fardo de amar alguém sabendo que tem poucos anos ao seu lado.

Conversando com seus dois irmãos, Benedict e Colin, ele fica sabendo de uma candidata perfeita para o papel, Edwina Sheffield, que era considerada por todos a debutante mais linda da temporada. Só que para casar-se com Edwina ele teria que conseguir a aprovação de Kate Sheffield, meia-irmã da moça…o que se mostraria uma tarefa muito difícil, pois Kate, sabendo da má fama do rapaz, queria sua irmã o mais longe dele possível!

Kate, apesar de mais velha, sempre viveu sob a sombra da irmã, pois Edwina possuía uma beleza incomum e era chamada pela sociedade de “a incomparável”. Kate não ressentia a irmã, muito pelo contrário, a amava muito e faria qualquer coisa para vê-la feliz.

Kate e Anthony acabam se conhecendo pessoalmente em um dos bailes da cidade e ela afirma para ele, com todas as letras, que nunca deixará sua irmã se casar com um libertino como ele. Anthony toma isso como um desafio, e a partir daí uma série de confusões começam a acontecer.

Podia ter sido um libertino e um patife – podia ainda ser um libertino e um patife – mas era óbvio que seu comportamento não o definia como homem. E a única objeção de Kate a seu casamento com Edwina era…

Ela engoliu em seco. Havia um enorme bolo em sua garganta.

Sua única objeção era porque, no fundo, ela queria o visconde para si.

Só que Anthony não esperava que fosse começar a ter sonhos com a irmã errada. Não era Edwina quem aparecia neles…era Kate, e isso o deixava furioso!! E Kate, por sua vez, começa a sentir cada vez menos repulsa e cada vez mais admiração por Anthony. Não demora muito e os dois acabam se apaixonando. Como acredita que morrerá em breve, Anthony reluta a aceitar esse sentimento. Já Kate acredita que nunca poderia chamar atenção de um homem como Anthony, afinal, ela nunca chamou a atenção de homem nenhum, todos os olhares eram sempre de Edwina.

Será que os dois terão um final feliz? Será que Anthony realmente irá morrer aos trinta e oito anos? Talvez o amor seja capaz de quebrar essa “maldição”…

Porque aquela centelha – tão evidentemente ausente em relação à irmã dela, com quem ele pretendia se casar – com Kate crepitava e ardia com tanta força que parecia ter o poder de iluminar o cômodo e deixá-lo claro como o dia.

••••••••••

Considero O Visconde Que Me Amava inferior ao seu antecessor, O Duque e Eu (resenha AQUI), mas isso não quer dizer que a leitura não tenha sido boa, muito pelo contrário, foi ótima. O humor e o romance estão presentes quase que na mesma medida.

Colin engasgando-se com uma azeitona quando Anthony fala que vai se casar, os pisões no pé que Kate dá em Anthony, Kate escondendo-se embaixo da mesa do escritório de Anthony enquanto ele dava uns amassos em uma cantora de ópera, o jogo de Pall Mall, foram, só para citar alguns, momentos onde dei boas e longas risadas.

O que mais vem me agradando nos livros dessa série é o fato das personagens femininas – pelo menos as principais – não serem fúteis e estereotipadas. Ok, elas querem se casar, mas isso era inerente à época em que o livro é ambientado, só que elas não querem apenas se casar, elas querem ser amadas, querem ter a própria voz, querem ser respeitadas, querem dar suas opiniões e querem ser levadas a sério. Kate não é diferente!

A família Bridgerton continua sendo um show à parte. É tanto amor e cumplicidade envolvidos…eu não vou me cansar de repetir – e é melhor vocês irem se acostumando, pois vocês lerão isso nas resenhas dos outros seis livros restantes :) – que eu queria fazer parte dessa família.

Daphne e Simon fazem uma pequena, mas divertida, participação nesse livro. Colin (), mais uma vez, rouba a nossa atenção em cada cena que aparece. Uma Bridgerton que ganhou mais destaque e também minha simpatia é Eloise. Ela é uma menina muito inteligente e metida à espiã…parece que o livro dela será interessante.

Anthony me deu nos nervos em MUITOS momentos. Quem leu a resenha de O Duque e Eu sabe que eu morri de amores por ele e por Colin, mas nesse livro Anthony teve muitas atitudes que não condiziam com o seu comportamento no livro anterior. Ele agia tão igual ou até mesmo pior do que Simon agia no primeiro livro.  Sabe aquele ditado que diz “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”… poderia ser o lema da vida de Anthony!

O livro possui o Selo Arqueiro de Qualidade, com uma ótima diagramação e folhas amareladas. Encontrei pouquíssimos erros de revisão, coisa bem boba. Só acho que os livros que contam a história dos homens da família Bridgerton deveriam vir com modelos masculinos nas capas! A capa de O Visconde Que Me Amava, por exemplo, conta a história de Anthony e Kate, mas traz uma modelo com as características de Edwina na capa, achei muito nada a ver, se ao menos ela tivesse as características de Kate…

Se eu recomendo a leitura? Obviamente! Se sua intenção é ler uma história leve, romântica e divertida, não hesite, comece a ler a série Os Bridgertons! Eu queria ter começado a ler essa série antes! A Julia Quinn veio na Bienal, gente, eu queria ter apertado essa mulher, queria ter falado que ela é demais, queria ter falado que essa família que ela criou é sensacional, queria ter falado muita coisa…agora só me resta sentar e chorar! <img src=" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" />" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" /> <img src=" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" />" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" /> <img src=" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" />" class="wp-smiley" style="height: 1em; max-height: 1em;" />

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[Resenha] Proibido – Tabitha Suzuma /resenha-proibido-tabitha-suzuma/ /resenha-proibido-tabitha-suzuma/#comments Tue, 23 Feb 2016 19:29:39 +0000 /?p=1893 Oi, gente, como vocês estão? Resenhar livros cujo enredo é um tabu é muito difícil, e Proibido é um desses livros. Senti diversas coisas no decorrer desse livro, mas repulsa, definitivamente, não foi uma delas. Autora: Tabitha Suzuma Número de páginas: 304 Ano: 2014 Editora: Valentina Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis. Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter …

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Oi, gente, como vocês estão? Resenhar livros cujo enredo é um tabu é muito difícil, e Proibido é um desses livros. Senti diversas coisas no decorrer desse livro, mas repulsa, definitivamente, não foi uma delas.


ProibidoAutora: Tabitha Suzuma

Número de páginas: 304

Ano: 2014

Editora: Valentina

Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.

Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.

Eles são irmão e irmã.

Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do quotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.

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— Como o nosso amor pode ser considerado horrível, quando não estamos fazendo mal a ninguém?

Lochan (lê-se Lorram) e Maya são os mais velhos de cinco irmãos. Ele, com dezessete anos e ela, com dezesseis, têm nas costas a responsabilidade de criar os três irmãos mais novos, Willa, de cinco anos, Tiffin, de oito anos e Kit, de treze anos.

O pai deles foi embora de casa quando Lochan e Maya tinham doze e onze anos respectivamente. Desde então, a mãe deles passou a comportar-se como uma adolescente inconsequente, saindo de casa todos os dias e só voltando de madrugada – quando voltava- e, quase sempre, bêbada. Conscientes de que se forem descobertos pelo Serviço Social eles serão separados, Lochan e Maya assumem as rédeas da casa.

Agora, cinco anos depois, eles fazem tudo. Levam as crianças para escola, preparam as refeições, educam, brincam, colocam as crianças menores para dormir…e ainda têm que cuidar da própria vida, pois Lochan está prestes a entrar para a universidade e Maya tem que se preparar para exames importantes.

Lochan e Maya decidem tudo juntos quando o assunto é a casa ou os irmãos. E com o tempo, o amor fraternal que eles sentem um pelo outro vai se transformando em algo maior.

Os dois acabam se envolvendo, e Maya, otimista, acredita que os dois podem ficar juntos, afinal, eles não estão fazendo mal a ninguém, mas Lochan, apavorado com os seus sentimentos, enfrenta uma terrível batalha interna.

— Vamos combinar, tudo isso é muito doentio. Talvez o resto do mundo tenha razão. Talvez nós sejamos só dois adolescentes desajustados, emocionalmente perturbados…

Só que o amor que sentem um pelo outro é forte demais para ser ignorado.

No fim das contas, o que importa mesmo é o que você pode suportar, o quanto pode resistir. Juntos, não fazemos mal a ninguém; separados, nós definhamos.

Os dois, então, mergulham de cabeça nesse sentimento proibido, mas eles nunca, nem por um segundo, poderiam imaginar onde esse sentimento, outrora tão bonito, acabaria os levando.

Não consigo pensar em nenhum outro tipo de amor que seja tão unanimemente rejeitado, embora o nosso seja profundo, apaixonado, generoso e forte a tal ponto que uma separação forçada nos causaria uma dor intolerável.

••••••••••

Comecei a leitura de Proibido com a mente bem aberta. Já havia lido inúmeras resenhas positivas e estava curiosa para saber o porquê de uma relação incestuosa estar conquistando tanta gente. Bom, descobri.

Proibido é, antes de mais nada, uma história de amor. Sim, de amor. Um amor condenado desde o início, mas um amor verdadeiro e emocionante. Tabitha não nos deixa esquecer em nenhum momento que Lochan e Maya são irmãos. E o mais importante, ela não deixa que os dois irmãos se esqueçam disso também. São vários os momentos em que eles se condenam. Eles sabem que estão fazendo algo muito errado e anormal…mas o que é normal?

Todo tipo de amor é normal? Não, não é. Mas normal é uma palavra muito abrangente. Por exemplo, nos países árabes é normal as mulheres serem submissas e maltratadas. Na China é normal comer escorpião e carne de cachorro. Nos Estados Unidos é normal haver massacres em escolas. Normal é aquilo que é recorrente, aquilo que é comum ou natural. O que é normal para algumas pessoas é anormal para outras. A questão aqui não é debater se esse relacionamento é normal ou não, e sim se ele é aceitável ou não. E na minha concepção, Tabitha criou uma história completamente aceitável.

As circunstâncias fizeram com que eles se aproximassem dia após dia. Eles não tinham uma relação de irmão e irmã há muito tempo, eles tinham responsabilidades que a maioria das pessoas só têm quando se casam e tinham um no outro um porto seguro. Dividiam frustrações, conquistas, e, quando se olhavam, não importava quão difícil o dia tinha sido, sentiam-se aliviados, pois sabiam que podiam contar um com o outro. O amor foi surgindo aos poucos, não é uma coisa sem propósito!

O livro, apesar de ser uma história de amor, trata muito mais do lado psicológico da situação. Ele nos mostra quais foram os fatores que deixaram o relacionamento chegar onde chegou e quais são as motivações que levam Lochan e Maya a acreditarem que não estavam fazendo nada de errado.

Os personagens do livro são maravilhosos. Willa é uma fofura de criança. Tiffin é um menininho muito esperto e fera no futebol. Já Kit é um adolescente intragável. A mãe é digna de nojo. Ela deixa as crianças jogadas em casa sem ao menos se importar se eles têm ou não o que comer.

Sobre a parte física, gosto da capa, mas prefiro a original. Há também erros de revisão bem bobos que passaram por falta de atenção. As folhas são amareladas, mas poderiam ser mais grossas. O livro é narrado em primeira pessoa e a narrativa se alterna entre os dois irmãos. Me conectei muito mais com os capítulos do Lochan. Lochie, como era carinhosamente chamado pelos irmãos, é um personagem muito profundo e muito problemático. Era ele quem mais sofria, quem mais relutava, quem mais se condenava…fiquei com um bolo na garganta por diversas vezes!

É impressionante a sutileza com a qual Tabitha conduz a história. Eu já sabia o rumo que o livro tomaria antes mesmo de chegar na centésima página, mas isso não quer dizer que o final tenha sido menos impactante. E antes que me acusem de estar sendo conivente com algo tão “abominável” quero deixar claro que não apoio o incesto de forma alguma, ok? O que estou analisando é uma obra de ficção onde foram apresentados todos os aspectos dessa relação…cabe ao leitor aceitar ou não, entender ou não.

Eu aceitei. Eu entendi.

E eu sofri.

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[Resenha] O Sorriso da Hiena – Gustavo Ávila /resenha-o-sorriso-da-hiena-gustavo-avila/ /resenha-o-sorriso-da-hiena-gustavo-avila/#comments Thu, 18 Feb 2016 20:10:42 +0000 /?p=1865 Oi, gente, tudo bem? Finalmente chegou o dia de falar sobre um dos livros nacionais mais comentados dos últimos tempos. Posterguei essa resenha o máximo que eu pude, já que terminei a leitura de O Sorriso da Hiena no dia 20 de janeiro. Não postei a resenha antes porque eu precisava digerir a história, precisava absorver toda sua genialidade para aí então poder falar sobre ela. Mas não dá, não consigo. Lá se vai quase um mês…e eu ainda não superei esse livro! Autor: Gustavo Ávila Número de páginas: 304 Ano: 2015 Editora: Publicação Independente Sinopse: Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral. Para …

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Oi, gente, tudo bem? Finalmente chegou o dia de falar sobre um dos livros nacionais mais comentados dos últimos tempos. Posterguei essa resenha o máximo que eu pude, já que terminei a leitura de O Sorriso da Hiena no dia 20 de janeiro. Não postei a resenha antes porque eu precisava digerir a história, precisava absorver toda sua genialidade para aí então poder falar sobre ela. Mas não dá, não consigo. Lá se vai quase um mês…e eu ainda não superei esse livro!


o sorriso da hienaAutor: Gustavo Ávila

Número de páginas: 304

Ano: 2015

Editora: Publicação Independente

Sinopse: Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitável psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana. Porém, a proposta feita pelo misterioso David coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral.

Para saber se é uma pessoa má por ter presenciado o brutal assassinato dos seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a dele, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma na vida delas.

Até onde ele será capaz de ir? É possível justificar um ato de crueldade quando, por trás dele, há a intenção de fazer o bem?

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— Eu não quero fazer um curativo no dedo, eu quero…tirar o corte da faca.

A história já começa eletrizante. David, na época com oito anos, é amarrado a uma cadeira e obrigado a assistir o assassinato brutal dos pais. Após esse episódio, David teve uma infância difícil, chegando a frequentar um reformatório infantil. Agora, vinte e quatro anos depois, ele resolve começar a repetir com outras famílias aquilo que foi feito com a dele, ou seja, ele começa a assassinar casais, pais de crianças de oito anos, e obriga essas crianças a assistirem tamanha atrocidade.

Sua intenção é descobrir o que vai acontecer com elas quando crescerem. Será que elas se tornarão pessoas de bem? Ou será que se tornarão a mesma coisa que ele é? Será que ele é do jeito que é por causa do que presenciou quando tinha oito anos? Ou será que ele se tornaria o que é independentemente do que aconteceu?

A criança olhou para baixo, acompanhando o movimento da sombra que se projetava atrás dele e ganhava tamanho no chão enquanto se movia lentamente em direção aos pais. Agora, além do choro abafado pelas mordaças, o som repetitivo de um alicate de metal ganhava volume, abrindo e fechando, abrindo e fechando, irritante como uma torneira pingando na pia de alumínio.

Para responder a essas e outras dezenas de perguntas, David entra em contato com William.

William é um renomado psicólogo infantil que almeja fazer a diferença no mundo. Sua tese de doutorado chamada “Como se tornam adultos” fez com que ele ficasse famoso no mundo acadêmico. Nessa tese, William estudou qual era a relevância dos eventos violentos na vida de uma criança e em qual grau isso afetava o caráter dos adultos que elas viriam a se tornar um dia.

Mas a sua tese, apesar de espetacular, só tinha teoria. Ela não fora testada na prática. E é aí que David entra.

Tendo conhecimento da tese de William e sabendo que o psicólogo sente-se frustrado, David diz que vai dar a William aquilo que faltava para completar sua tese: as pessoas a serem analisadas. David diz a William que vai repetir com cinco crianças a mesma coisa que aconteceu com ele, então William poderá acompanhar o crescimento delas para poder ver qual o impacto isso terá em suas vidas! 😮

A proposta de David era cruel e ele nunca havia imaginado compactuar com algo assim, mas por alguma razão não conseguia deixar de pensar que poderia realmente tirar algo de bom disso. Se ele iria continuar matando, como disse, por que não usar o mal para fazer o bem?

Quando os assassinatos começam a acontecer, entra em cena Artur, um detetive muito competente, dono uma personalidade muito peculiar. Possuidor da Síndrome de Asperger, Artur tende a ser sincero demais, sagaz demais e sociável de menos. Com um faro implacável, Artur começa a unir as várias peças desse quebra-cabeça, entretanto, a medida que os assassinatos vão acontecendo, Artur tem que correr contra o tempo para desvendar a identidade do assassino.

— O mal nada mais é do que um buraco que quer desesperadamente ser preenchido, detetive. Se a sua teoria estiver correta, se ele está realmente fazendo um estudo, três casos são poucos para uma comparação. É melhor você se apressar, porque quem está fazendo isso irá matar mais.

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O Sorriso da Hiena é genial. Não há outra palavra que possa descrever essa história. Eu visito muitos blogs, mas curiosamente foi no Instagram que conheci o livro.

Gustavo criou uma história de tirar o fôlego. O livro já começa com o assassinato dos pais de David – e não, isso não é spoiler, está na própria sinopse – e depois já mostra David em ação, dando início ao seu plano maquiavélico.

Eu adoro livros policiais, assim como adoro thrillers psicológicos, e O Sorriso da Hiena é ambos! Apesar de ser narrado em terceira pessoa, tipo de narrativa que está longe de ser minha favorita, nós conseguimos mergulhar em cada página, como se estivéssemos lendo o livro pela perspectiva dos próprios personagens.

O modo como David escolhe as vítimas para seus ataques é interessante. Essa escolha não é nada aleatória. Ele realmente trata o assunto como uma experiência. Ele escolhe pessoas de diferentes classes sociais, diferentes opções sexuais, diferentes regiões…a constante é sempre a mesma, a criança de oito anos, mas as variáveis sempre mudam!

Ao longo da narrativa, Gustavo não menciona nomes de países, de estados, cidades ou ruas…a história não é ambientada em lugar nenhum, mas mesmo assim ela está acontecendo e eu achei isso muito legal.

Os personagens principais são muito bem construídos! William me assustou muito mais do que David. As escolhas que ele fazia e muitas coisas que ele falava me incomodavam muito mais do que os próprios assassinatos. Sobre Artur eu nem vou comentar, pois gostei tanto dele que eu nem sei o que falar direito, faz sentido? hahahaha’

Gente, eu não farei nenhuma ressalva sobre o livro porque eu simplesmente não tenho nenhuma ressalva para fazer! O livro tem alguns errinhos de revisão, mas sabe quando você é tão arrebatado por uma leitura que nem presta atenção nas falhas que o livro tem…quando você fica aproveitando cada pedacinho da história fantástica que tem nas suas mãos? Pois bem, foi isso que aconteceu!

O Gustavo Ávila é um autor independente. A publicidade do livro dele foi feita, acredito eu, quase completamente através de Instabooks e Booktubers, e ele conseguiu a proeza de vender TODOS os exemplares físicos do livro. Vocês têm ideia do quanto é difícil para um autor independente conseguir tal feito? Eu não posso fazer mais nada além de recomendar o livro para vocês! Vocês precisam conhecer essa história! AQUI vocês podem ler os três primeiros capítulos do livro.

Eu demorei tanto pra escrever essa resenha porque simplesmente não me achava capaz de transmitir toda a genialidade dessa história para vocês…e para falar a verdade ainda não me sinto. O Sorriso da Hiena é um livro que levanta muitas questões morais. Nos faz pensar em muitas coisas e nos deixa órfãos quando acaba.

Só sei que de agora em diante lerei tudo que o Gustavo escrever – e eu espero que ele escreva muita coisa.

Minha intenção era sortear um exemplar do livro no aniversário do blog, mas comi mosca e os livros acabaram. Assim que os livros impressos estiverem disponíveis novamente eu farei um sorteio pra vocês. 😉

o sorriso da hiena


Falando em sorteio, já estão participando do sorteio de 1 ano do blog? São dois kits recheados de prêmios! Clique AQUI e boa sorte! 😉

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[Resenha] Terra Cruz – Leonardo Brum /resenha-terra-cruz-leonardo-brum/ /resenha-terra-cruz-leonardo-brum/#comments Sun, 14 Feb 2016 23:24:50 +0000 /?p=1839 Oi, gente, tudo bem? Estou chateada! Sabe quando você está cheia de expectativas com um livro, mas, de repente, descobre que o livro não é nada daquilo que você imaginava? O livro Terra Cruz, do autor nacional Leonardo Brum, foi presente de um amigo, que me presenteou não só com esse livro como também com Um Dia Perfeito, outro livro do mesmo autor. Achei a sinopse de Terra Cruz muito interessante e fui ler com toda sede ao pote, mas não curti… Autor: Leonardo Brum Número de páginas: 312 Ano: 2012 Editora: Novo Século Sinopse: “Há três maneiras de se acabar com um vampiro: a luz do fogo, a luz do dia e a luz do criador”. A pequena cidade de Terra Cruz vive ares de modernidade: inaugura sua primeira boate, e faz planos para o Baile de Máscaras no Carnaval. Um grupo de turistas exóticos chega em um misterioso …

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Oi, gente, tudo bem? Estou chateada! Sabe quando você está cheia de expectativas com um livro, mas, de repente, descobre que o livro não é nada daquilo que você imaginava? O livro Terra Cruz, do autor nacional Leonardo Brum, foi presente de um amigo, que me presenteou não só com esse livro como também com Um Dia Perfeito, outro livro do mesmo autor.

Achei a sinopse de Terra Cruz muito interessante e fui ler com toda sede ao pote, mas não curti…


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Autor: Leonardo Brum

Número de páginas: 312

Ano: 2012

Editora: Novo Século

Sinopse: “Há três maneiras de se acabar com um vampiro: a luz do fogo, a luz do dia e a luz do criador”.

A pequena cidade de Terra Cruz vive ares de modernidade: inaugura sua primeira boate, e faz planos para o Baile de Máscaras no Carnaval.

Um grupo de turistas exóticos chega em um misterioso ônibus de excursão. Pessoas andam desaparecendo. Santiago descobre algo terrível na festa de seu melhor amigo. Além disso, coisas estranhas andam acontecendo com ele.

Um macabro plano de vingança será colocado em prática. Os incautos moradores tentam fugir em meio ao desespero. Um estranho mendigo perambula pelas ruas. Ninguém sabe, mas, além de tudo isso, algo mais está à espreita.

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— Curioso — disse a criatura — o inferno já mora nesses ruas há vinte anos, mas ninguém sequer sabia disso…

Santiago é um jovem professor de matemática de 26 anos que mora com a mãe, Elvira, na fictícia Terra Cruz, cidade situada em Minas Gerais. A pacata cidadezinha de 5.167 habitantes começou a desenvolver-se há pouco tempo, com a construção de uma renomada universidade de Engenharia. Uma moderna boate chamada OVNI também está prestes a ser inaugurada.

Santiago nunca chegou a conhecer seu pai. Sua mãe sempre ficava muito nervosa quando ele fazia alguma pergunta sobre o paradeiro do homem. Juntando isso ao fato de Elvira sempre ter trabalhado muito e de não ter, aos olhos de Santiago, demonstrado amor por ele, o relacionamento deles dois é um pouco distante.

Santiago tem um amigo misterioso chamado Samuel. Os dois só se encontram à noite e Santiago nem ao menos sabe onde o amigo mora. Samuel também possui um comportamento estranho, que muitas vezes desperta a desconfiança de Santiago. Elvira vive pedindo para o filho se afastar de Samuel. Ela sabe de alguma coisa a respeito do amigo do filho, mas por mais que Santiago pergunte o que há de errado com o amigo, a mulher recusa-se a responder.

Faltando poucos dias para a inauguração da OVNI, coisas entranhas começam a acontecer em Terra Cruz. Pessoas começam a desaparecer e morcegos começam a sobrevoar a cidade.

Um ônibus de excursão chega na cidade trazendo consigo um grupo de pessoas muito suspeitas, todas muito pálidas, com vestimentas pretas e piercings pelo corpo. Nunes, o delegado, vai até o ônibus que permanece estacionado nos limites da cidade a fim de investigar a situação, mas não encontra nada comprometedor.

O que Nunes sequer podia imaginar é que aquelas “pessoas” eram vampiros sedentos por vingança.

No pescoço da vítima, próximas umas das outras, novas incisões em um ataque que parecia não ter se importado se o corpo, já fragilizado, conseguiria suportar.

Eles vieram atrás de Samuel, pois há muitos anos ele, que na época chamava-se Saurel, tomou uma atitude que despertou a ira dessas criaturas. Elas o procuraram por muito tempo, e agora que o encontraram, querem fazer ele pagar pelo seu erro. E todos os moradores de Terra Cruz vão pagar também.

A cabeça da criatura afundava-se em seu pescoço e a chacoalhava vorazmente, emitindo um grunhido abafado e nojento.

Certa noite, Santiago acaba descobrindo a existência dos vampiros…e descobre também que Samuel, seu amigo, é um deles. A partir daí ele passa a ser perseguido e sua única saída é acabar com os sugadores de sangue. Só que esses vampiros têm uma origem diferente, eles não foram criados daquele jeito com o qual nós estamos acostumados. Santiago vai acabar descobrido que a sua origem também não é muito convencional, e essa descoberta vai levá-lo a conhecer o pai…mas ele nem imaginava o que encontraria.

Vampiros saltavam em chamas em direção à porta trancada. O fogo havia se espalhado pelos caixões e um barulho terrível de gritos esganiçados atravessaram o porão e pareciam ecoar em meio ao mormaço causticante.

Será que Santiago será capaz de salvar Terra Cruz? Qual é a origem desses vampiros? Quem é o pai de Santiago? Quem é Santiago?

••••••••••

Terra Cruz tem uma proposta boa, mas o enredo se perdeu em um texto prolixo e em um desenvolvimento bagunçado. A impressão que eu tive é que a história nunca chegava a lugar nenhum. Ela dava voltas e mais voltas em um mesmo lugar, o que fez com que a leitura se tornasse muito cansativa e, em muitos momentos, chata.

Os personagens não se desenvolvem e alguns deles são deveras inverossímeis. Como Francisco, médico da cidade, que devido ao fato de ser fã de filmes de terror, se acha um especialista no assunto e se autoproclama o Van Helsing de Terra Cruz.

E o que falar de Santiago, a inconstância em pessoa? Uma hora ele está feliz, outra hora está triste. Uma hora é medroso, outra hora é corajoso. Uma hora é depressivo, em outra hora está amando…ele é uma montanha-russa ambulante. Samuel não me convenceu, assim como o motivo da vingança dos vampiros…achei bem fraquinho e bobo.

Leonardo teve uma ideia muito boa ao mudar a origem dos vampiros dessa história, mas a explicação foi corrida demais. Ao longo do texto podemos até encontrar algumas peças para montar o quebra-cabeça, mas a explicação em si ficou muito condensada no final do livro e ficou indo ao encontro da revelação da identidade do pai de Santiago. Eram duas revelações importantes, mas nenhuma delas foi satisfatória.

Permito-me dizer, e não acho que seja um spoiler, que esse livro mistura vampiros e extraterrestres. Estranho, né? Também achei.

A capa do livro não é espetacular, mas gosto dela. Encontrei erros de ortografia e de digitação, mas esses foram meus menores problemas.

Como ponto positivo eu poderia apontar os capítulos curtos. O livro tem 311 páginas e é dividido em  72 capítulos! Alguns deles têm apenas meia página, e foi isso que fez com que eu lesse o livro rapidamente, pois trouxe a fluidez necessária que esse texto complicado pedia.

Infelizmente Terra Cruz foi uma leitura ruim pra mim. Mas como eu sempre gosto de ressaltar nas minhas resenhas negativas, essa é a MINHA opinião. Não me sinto confortável quando faço alguma crítica e alguém comenta “não vou ler esse livro” ou “perdi a vontade de ler esse livro”. Eu tenho que dar minha opinião honesta pra vocês, mas é isso que ela é: minha!

Se interessou? Então dê uma chance e tire suas próprias conclusões! 😉

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