Eu adoro New Adults. Mas por mais que eu os adore, tenho que dar o braço a torcer e dizer que eles são, em sua maioria, clichês e repetitivos. Eu adoro clichês, mas detesto histórias repetitivas. Detesto aquela sensação “eu já li isso antes”. Por isso, de uns tempos pra cá, venho procurando NA’s que tenham algo mais a oferecer! E Kaleidoscope Hearts me deixou muito, muito satisfeita mesmo!
Autora: Claire Contreras
Ano: 2015
Editora: Publicação independente
Sinopse: Ele era o melhor amigo de meu irmão mais velho. Ele nunca seria meu. Achei que conseguiria superá-lo e seguir em frente. Um de nós conseguiu. Um de nós partiu.
Agora ele está de volta, olhando para mim como se quisesse me devorar. Todos os sentimento que se tinham se transformado em raiva estão agora se transformando em algo mais, algo que me assusta.
Ele partiu meu coração da última vez. Dessa vez, ele o destruirá.
Kaleidoscope Hearts poderia muito bem ser definido como “um livro sobre segundas chances”. Não se deixe enganar pela sinopse. Se eu fosse me basear nela eu nem leria o livro, mas li algumas resenhas no goodreads e decidi tentar a sorte.
O livro conta a história de Estelle Reuben, mais conhecida como Elle, uma Artista Plástica de 25 anos e de Oliver Hart, um Médico de 28 anos.
Elle está tentando refazer a sua vida. Já faz quase um ano que seu noivo morreu e só agora ela teve coragem de colocar a casa em que eles moravam juntos à venda. Foi um pouco difícil seguir em frente (e ainda é em alguns momentos), mas Elle se esforça e tenta juntar os pedaços dela mesma.
Ela decide ir morar com seu irmão, Vic, enquanto coloca sua vida nos eixos. Só que essa mudança traz de volta alguns fantasmas que ela gostaria (a princípio) que continuassem a ser somente isso…fantasmas.
Só que Oliver Hart, melhor amigo de Vic, está materializado na sua frente. Oliver é, nada mais, nada menos, do que a única pessoa que já foi capaz de partir o coração de Elle (sem contar a morte do noivo, claro).
Elle e Oliver se conhecem desde sempre. No passado, Oliver via Elle simplesmente como a irmã mais nova do seu melhor amigo. Vic deixa bem claro, tanto para Oliver quanto para qualquer outro amigo seu, que qualquer envolvimento com Elle está fora de cogitação.
Mas conforme o tempo vai passando, Oliver, mesmo contra sua vontade, começa a enxergar Elle com outros olhos e começa a não dar a mínima para as “regras” de Vic. Tudo que ele deseja é estar com Elle, pois ele começa a sentir coisas que ele jamais havia sentido.
Quando Elle completa 18 anos e Oliver está com 21, eles se beijam pela primeira vez. O que Oliver sente nesse momento nenhuma outra garota (e olha que foram muitas) o fez sentir!
O problema é que Oliver sempre teve um plano. Antes de se relacionar de verdade com alguém, ele teria que terminar a faculdade de medicina, se estabilizar, ter uma casa e um futuro garantido…um relacionamento naquele momento estava fora dos planos dele.
— It’s a heart. They always break at some point. Sooner or later someone will come along and shatter it anyway…might as well be you.
♥
— Isso é um coração. Eles sempre se partem em um determinado momento. Cedo ou tarde alguém virá e o despedaçará de qualquer maneira…poderia muito bem ser você.
Então ele decide que não pode ficar com Elle até estar com a vida estabilizada e, após uma noite de amor, vai embora no meio da madrugada sem ao menos dizer adeus.
Mesmo após toda a dor que isso lhe causa, Elle decide seguir a sua vida e fica noiva de Wyatt, que, assim como ela, é um Artista Plástico, só que é bem mais velho do que ela.
A família e os amigos de Elle não aceitam bem o relacionamento, não só pelo fato da diferença de idade, mas também porque Wyatt exerce muita influência sobre Elle. Por ele não gostar do jeito como ela se veste, ela muda seu estilo. Por ele achar que a família dela não gosta muito dele, ela para de ir com tanta frequência para a casa dos pais…
Mas Elle ama Wyatt pelo modo como ele a ajudou a curar (em parte) o seu coração partido. Quando Wyatt morre, o coração de Elle se despedaça novamente.
Elle nunca deixou de amar Oliver, ela sabe que o que ele fez foi errado e muito egoísta, mas Oliver foi seu primeiro amor, e, como diz o ditado, o primeiro amor a gente nunca esquece. O amor sempre existiu, mas estava adormecido e, quando Elle vê Oliver novamente, todos aqueles sentimentos que ela achava que estavam guardados e adormecidos para sempre, acordam.
Elle sabe que tem que manter distância se não quiser que seu coração, já despedaçado tantas vezes, não seja, mais uma vez, vítima de suas escolhas impulsivas.
Ela passou a canalizar seu sofrimento transformando-o em arte. Ela faz lindos caleidoscópios em formato de coração usando pedaços quebrados de vidro de cores diferentes. E a conexão que esses corações têm com a história é muito interessante. A autora escolheu um título que tem um significado muito pertinente e usa esse título diversas vezes, em diálogos muito bem colocados dentro do contexto do livro.
— Shattering hearts … it’s fitting.
— They’re not shattering hearts, they’re kaleidoscope hearts. — I correct him.
— What’s the difference? You make them with broken pieces.
— The difference is that it’s already broken, but I use the pieces to rebuilt it. The difference is that the heart has a second chance, and maybe it’ll get broken again, but it’s already shattered, so maybe the fall won’t be as bad.
♥
— Corações quebrados…é justo.
— Eles não são corações quebrados, são caleidoscópios em formato de coração — eu o corrijo.
— Qual é a diferença? Você os faz com pedaços quebrados.
— A diferença é que ele já está quebrado, mas eu uso os pedaços para reconstruí-lo. A diferença é que o coração tem uma segunda chance, talvez ele se partirá novamente, mas ele já está quebrado, então a queda não será tão ruim.
Quando Oliver vê Elle novamente e se dá conta da mulher que ele deixou escapar, ele faz de tudo para reconquistá-la e para provar para ela que se arrepende do que fez. Tudo o que ele quer é um encontro para poder provar para Elle que mudou.
Elle se vê dividida entre a razão e o coração. Quando ela seguiu o segundo, ela acabou sofrendo por muito tempo. Quem será que vai ganhar dessa vez?
— The hearts I make are shattered, but whole. They are kaleidoscopes that beam under the sun. They signify hope in love when you’re lost it because, like love, you can look at a kaleidoscope a thousand different ways and find something new every single time. Shattered or not, if you look carefully in them. And all beautiful things are a little broken.
♥
— Os corações que eu faço são quebrados, mas completos. Eles são caleidoscópios que cintilam sob o sol. Eles significam a esperança no amor quando você está perdido, porque, como no amor, você pode olhar para um caleidoscópio de mil maneiras diferentes e encontrar algo novo em cada uma delas. Quebrado ou não, se você olhar com cuidado para eles. E todas as coisas bonitas são um pouco quebradas.
Kaleidoscope Hearts foi uma grata surpresa! É clichê? Sim, é. Mas é um clichê diferente, se é que dá para entender. 😀
Ele é narrado pelo ponto de vista de Elle, mas há alguns capítulos que retratam o passado, e esses são narrados por Oliver, onde descobrimos como ele foi se apaixonando por Elle.
O livro tem um final muito bonito. É impossível não se emocionar!
Só achei que a autora pecou um pouquinho no desenvolvimento do livro. Algumas partes não acrescentavam nada na história, só estavam lá para fazer volume, sabe? Mas não é nada muito grave.
É um NA mais maduro, com expressões fortes e citações profundas. É uma história que nos ensina que feridas podem cicatrizar e que vale a pena dar uma segunda chance ao amor.
O livro ainda não foi lançado aqui no Brasil. Ele foi lançado de maneira independente pela autora em janeiro deste ano, e o sucesso lá fora foi tanto que a editora LeYa comprou os direitos para a sua publicação. Entretanto, não há data de lançamento definida.
Oi
Gostei a sinopse, parece ser um bom livro e pela resenha fiquei curiosa para ler, que bom que a Leya têm os direitos do livro. Boa resenha.
momentocrivelli.blogspot.com.br
Obrigada, Denise!
Que bom, né? Agora é só esperar!
Beijo
Olá!
Vim retribui a “visitinha”, haha.
Adorei a resenha. Acho muito interessantes os livros publicados independentemente, não me pergunte o porque.
Adorei esse tema de segundas chances.
Bjs
Também curto e tenho maior admiração por publicações independentes, Ernani!
Beijo
Oi, Tamires! Tudo bem? Gente que ler livros em Inglês: <3 Eu tenho muita vontade de ler livros em inglês, mas não consigo, pois o meu inglês é bem precário! rsrsrs Mas enfim, achei a capa do livro maravilhosa e fiquei interessado em lê-lo! Vou esperar o lançamento dele aqui no Brasil para poder conferir a história! Adorei a resenha!
Abraço
http://tonylucasblog.blogspot.com.br/
Vai tentando, Tony! Uma hora você vai conseguir! Uma dica é ler em inglês livros que você já leu em português, assim você associa as palavras! 😉
Beijoca
Oi, Tamires! Que capa perfeita é essa?
Tomara que não mudem quando forem publicar aqui. Adorei a sinopse, curti muito sua resenha e fiquei super interessado pelo livro.
Beijos
mundoemcartas.blogspot.com.br
Linda a capa, né? ♥
Vamos torcer para divulgarem logo a data!
Beijo
Oii Tami, tudo bem??? NA não é meu estilo favorito, mas….
Também gosto de clichês, mas apenas quando eles são diferentes. E acho que você me entende né? heheheh
Adorei a sua resenha, mas não leria o livro no momento. Até pq eu não leio em inglês, ehhheh
beijooos
http://profissao-escritor.blogspot.com.br/
Entendoooo! ahahahaha
Beijo, Gih
O novo adulto assim como os Chick Lit por exemplo, não tem como fugir dos clichês. Mas eu adoro um clichê hehe. Ainda não tinha visto esse livro. Me interessei e assim que lançar aqui acho que lerei.
Blog Prefácio
Que bom que se interessou, Silvana!
Beijo
Olá Tamires =)
Realmente é ruim ler um livro e ter a sensação que já leu algo parecido, mas em NA é difícil fugir do clichê, mas ao mesmo tempo dá para inovar mesmo com os clichês, que pena que o livro ainda não foi lançado no Brasil, e nem tem data prevista =/. Com certeza seria uma história que iria gostar de conferir, acho que iria sofrer com a protagonista, afinal ter o coração partido não é nada fácil, ter que se reconstruir aos poucos, só queria ver como seria essa volta do Oliver.
BeijOs!!!
Tenha uma ótima semana!!!
@jannagranado
@lpdiversao
http://livrospuradiversao.blogspot.com.br
É verdade, Janna!
Agora é só torcer para a LeYa definir logo a data de publicação para você poder ler! 😉
Beijão
Olá,
Diferente de você, eu não curto muito new adults, justamente por achar muito clichê e repetitivo. Mas fico feliz que você tenha encontrado um livro que te fez sentir diferente.
Beijos.
Memórias de Leitura – memorias-de-leitura.blogspot.com
Eu gosto bastante de clichê! Não sei o porquê…
Beijo
Eu sou meio chata com clichêzões, por isso não curto muito o gênero romance num geral, há poucas excessões que fogem do clichê.
Um Metro e Meio de Livros
É verdade, Babi! E esse livro é uma dessas exceções! 😉
Beijão
Oi Tamires, tudo bem contigo ???
Adorei a sua resenha flor, super completinha e muito bem escrita !!!
Adorei o sistema de nota que você criou, com uma nota para cada aspecto do livro, confesso que nunca tinha visto esse sistema em outros blogs. Gostei muito, nos ajuda a entender mais os critérios da sua nota !!! 😀
Sabe, eu nunca li um New Adult, e não gosto de falar nada sem conhecer antes, mas o problema é que até hoje nenhum livro com essa temática conseguiu me encantar. Eu já li tantas sinopses, tantas resenhas, mas a cada nova resenha, livro que eu folheio na livraria ou sinopse mais eu me distancio desses livros, acho que não fazem o meu estilo, rsrsrs.
Mas fico feliz de saber que você gostou do livro, parece ser uma ótima dica para aqueles que curtem esse gênero !!!
Beijinhos
Hear the Bells
Muito obrigada pelos elogios! ♥ Que bom que gostou do sistema de notas! No começo fiquei um pouco em cima do muro por fugir do comum, mas o feedback tem sido positivo! 😉
Ahhh, sempre tem um estilo de livro que a gente não curte, super normal!
Beijão
Olá Tamires,
Não conhecia esse livro, mas infelizmente não faz o meu gênero, mas gostei demais da resenha….bjs.
devoradordeletras.blogspot.com.br
Que bom que gostou, Marco! 😉
Beijo
Oi, tudo bom?
Ainda não conhecia o livro. A premissa dele é interessante.
Eu também gosto de um clichê ás vezes, mas não um com um enredo tão previsível. Gostei de saber que esse é diferente.
Fiquei curiosa com a história.
Beijos
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Oi, Eliana, tudo ótimo!
Espero que você leia então, acho que você vai gostar!
Beijo